Por Trás do Movimento #NãoDemita
- agenciakefi
- 10 de out. de 2020
- 2 min de leitura
por Susana Targino

Empresários, não demitam! Esta crise vai passar.
Com esse slogan, abre a carta do movimento Não Demita. Com uma economia fragilizada, em meio a uma pandemia global, o movimento atraiu diversas empresas com o objetivo de contornar os efeitos da crise e manter seus funcionários.
Mais de cinco mil empresas aderiram ao Não Demita, prometendo não reduzir o quadro de funcionários durante um período de 60 dias — com a extensão da pandemia, porém, as empresas estudam agora os próximos passos para o segundo semestre do ano. Ainda assim, muitas companhias sentem as consequências da crise mais do que outras.
No início do ano, com os primeiros efeitos ocasionados pela pandemia, pesquisas mostravam que Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, responsáveis por 54% dos empregos formais no Brasil, ameaçavam fechar as portas definitivamente em decorrência da limitação ao acesso a linha de crédito e um caixa menor para sobreviver. Por esse motivo, para salvá-las (apesar da polêmica declaração do Ministro da Economia Paulo Guedes em maio), o Congresso Nacional e governo criaram o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que possibilitou até $15,9 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas. Após reunião entre Paulo Guetes e os senadores Kátia Abreu e Renan Calheiros na última quinta-feira, foi anunciado que o Pronampe vai liberar mais R$ 40 bilhões para esses empreendimentos.
Numa entrevista ao jornal Seleções em abril, o jornalista e empresário Daniel Castanho, criador da iniciativa e um dos fundadores do grupo Ânima Educação, revelou que grandes corporações como Unilever, Bradesco e Lojas Renner S/A se comprometeram com o movimento a fim de manter estabilidade de empregos. No entanto, apesar disso, algumas empresas adotaram outras medidas diante do contexto atual. A rede varejista Lojas Renner adotou o plano de redução de jornada de trabalho e salário, e a suspenção temporária de contratos trabalhistas durante a pandemia, desde o dia 16 de abril. Eles contam com mais de 23.000 funcionários.
Espera-se que, após os efeitos da pandemia abrandarem, o que surgiu do movimento Não Demita, será transformado numa comunidade empresarial — o #BrasilQueSonha, com o objetivo de ajudar pequenos e médios empreendedores oferecendo mentorias, consultorias e orientações, conforme explicado no site da iniciativa.
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