Entenda os perigos da publicidade infantil e a vulnerabilidade desse público
- agenciakefi
- 19 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
por Susana Targino.
Por ser um público sensível a propaganda, facilmente persuadido, é preciso se atentar a abordagem em campanhas destinadas a crianças, que deve ser regulamentada com cuidado.

A publicidade infantil já é proibida no Brasil, seguindo algumas normas da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do CDC (Código de Defesa do Consumidor). Porém, foi em março de 2014 que a Resolução nº 163 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) foi publicada, que considera abusiva a publicidade direcionada a crianças, estabelecendo a proibição do uso de trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por crianças; representação de crianças nas propagandas; uso de personagens ou apresentadores de programas infantis; uso de desenhos animados, entre diversos outros elementos.
De acordo com o movimento Publicidade Infantil Não, a publicidade voltada à crianças pode gerar diversos problemas sociais, tais como obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, e outros. Afinal, crianças ainda não possuem desenvolvimento psicológico suficiente para enxergar e compreender o apelo do marketing e das figuras de linguagem do discurso. Ainda assim, sendo um público tão vulnerável, as empresas enxergam-nas como um elemento essencial no mercado.
A dificuldade dos publicitários em destinar produtos ao público infantil levou alguns especialistas em marketing a criticar a Resolução aprovada pela Conanda, sob justificativa que suas determinações eram exageradas. É fato que a Resolução tornou difícil a criação de comerciais para crianças, entretanto, são determinações ditas como necessárias para evitar abusos.
Para especialistas, propagandas de produtos infantis devem ser destinadas a adultos, e esses devem decidir por sua compra ou não. Porém, com responsabilidade, é possível disseminar conteúdo para crianças que incentivem uma alimentação saudável, jogos e brincadeiras para estimular o intelecto — com ressalva a campanhas televisivas, nas quais crianças costumam ter maior contato. Dessa forma, evitando contribuir para a construção de uma consciência focada no consumo excessivo.
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